Passeio para Ubatuba não deu certo
O primeiro passeio do Projeto Explore infelizmente não deu muito certo. Não conseguimos chegar a Ubatuba.
O planejamento foi bem legal, o tempo colaborou e parecia que realmente ia ser um passeio bacana, mas infelizmente estamos sujeitos a (falta de) sorte e temos que encarar com otimismo quando os problemas aparecem.
Visualizar Rota para São Paulo – Ubatuba em um mapa maior
Tivemos 3 pontos de encontro: O primeiro no Frango Assado do Km 15 da Imigrantes, eu e a Luana (DL650), o Felipe (Ninja 250), o Humberto e a Lenita (XRE 300) e o César (HD 883R) nos encontramos. Descemos para o litoral sul pela Rodovia dos Imigrantes e paramos na entrada de Bertioga, para o segundo ponto de encontro, onde encontramos o Pedro (CBR600), a Deise (CBR450) e o Silvio (Hornet).
Seguimos viagem todos juntos pela Rio-Santos, encontramos várias paisagens maravilhosas, a estrada não estava cheia e o dia estava relativamente bonito.
Paramos em uma Praia em Maresias, onde tiramos algumas fotos.
Então seguimos viagem rumo ao último ponto de encontro, em Caraguatatuba, onde encontramos o Samuel e a Durvalna (CB300R).
A esta altura, já era 12h30, e decidimos ir para Ubatuba, que ficava a apenas 50 km de distância, para almoçar e então tirar a foto do Desafio Explore.
Eis que, logo depois de sair de Caraguatatuba, tivemos um acidente em nosso comboio. Eu era o segundo do grupo, e o Silvio o terceiro. Após ultrapassar um carro, reduzi para passar por uma lombada, e o Silvio, quando ultrapassou este mesmo carro, não viu que eu reduzi, e acabou colidindo na nossa moto.
O impacto foi tão grande que tirou meus pés das pedaleiras e mãos do guidão. Dizem que a V-Strom chegou a sair do chão, mas eu não consegui sentir isso. Só sei que a moto ficou completamente desgovernada, e com uma reação que não sei explicar, consegui segurar nos espelhos da moto e reaver a direção dela, voltando ao equilíbrio e parando a moto já quase no meio-fio. Foi um milagre nós (Eu e a Luana) não termos caído. Já o Silvio não teve a mesma sorte. Ele caiu e rolou em direção ao meio fio, subindo no mesmo.
O Bauleto da V-Strom serviu como um grande para-choque, que absorveu grande parte do impacto da moto e do próprio Silvio. Apesar disso, o impacto nas costas da Luana fez ela perder o ar por alguns minutos, além de ter um torcicolo no pescoço que levará alguns dias para melhorar. Mas felizmente nada mais grave aconteceu conosco.
Já o Silvio, ficou desacordado por um minuto, mas logo recobrou a consciência, fizemos todos os testes para determinar se ele estava machucado. No fim, o problema mais grave foi o ombro esquerdo deslocado. Ele estava com todo o equipamento, que fez bem o seu papel e segurou os impactos e o atrito. Imagino que o ombro dele deslocou quando ele subiu na guia do meio fio. De resto, apenas um pequeno ralado na perna e um pequeno furo na palma de uma das mãos, que a luva não conseguiu segurar.
No fim das contas, apesar da dor, ele estava bem. Chegou até a levantar e se sentar em um ponto de ônibus enquanto aguardava os 10 minutos que o resgate levou para chegar. Eles então levaram ele para o Hospital para colocar o ombro no lugar e verificar se havia algum outro problema. O Pedro e a Deise acompanharam ele nesta etapa.
Enquanto isso, ficamos resolvendo os tramites com a moto dele, que ficou bem destruída. Ela foi levada de guincho até um posto da policia militar estadual, onde fizemos o Boletim de Ocorrência, depois chamamos o guincho do seguro, que levou a moto embora. A esta altura, já era 16h30, e o Silvio já estava liberado do Hospital. Ele foi embora com o taxi do seguro.
Tudo o que podia ser feito foi feito, mas a esta altura, já era muito tarde para continuar e ninguém tinha almoçado, todos estavam morrendo de fome. Voltamos a Caraguatatuba para tentar encontrar um restaurante, sem sucesso. Decidimos então subir a serra e comer em algum restaurante na estrada. Iniciamos então a viagem de retorno, desta vez pela Rodovia dos Tamoios. Poucos quilômetros depois, a rodovia estava parada. Ao chegarmos ao início do congestionamento, havia um acidente entre alguns carros, e ambas as pistas estavam interditadas.
Acabamos encontrando o Taxi do Silvio, que também ficou preso no congestionamento. Esperamos por quase 3 horas para que a pista fosse liberada. E neste tempo, anoiteceu, esfriou e começou a chover… Foi bem complicado.
Quando o transito foi liberado, fomos até a primeira parada, que ainda estava meio vazia quando chegamos, mas que logo ficou lotada de outros motociclistas, e, logo depois, de pessoas de carro também. Comemos lanches, abastecemos e fomos embora apenas Eu, a Luana, o Felipe, o Humberto e a Lenita. O Pedro e a Deise ficaram pois iriam para Mogi das Cruzes por outro caminho.
Tomamos muita chuva, mas a viagem foi relativamente tranquila. Em São Paulo já não chovia mais, e na Marginal Tietê cada um tomou seu caminho para casa.
Chegamos em casa as 22h50, com muito frio, cansados, sem a foto do desafio e com uns 5 pontos de experiência a mais.
Gostaria de agradecer a todos pelo apoio e pela ajuda que deram. Nas horas de dificuldade, a união realmente é a única coisa que temos. Apesar dos problemas, foi um passeio legal no começo, tiramos muitas fotos, e conhecemos muita gente nova, novos amigos. Isso é que é importante. Passeios de moto estão sempre sujeitos a este tipo de problema, e o importante é não perder o otimismo e encarar tudo como um grande aprendizado.
Em breve fazemos um novo passeio para lá. O desafio continua de pé! Se fosse fácil, não teria este nome.