Começando a pilotar motos

Você comprou uma moto, mas tirou a CNH anos atrás e não lembra muito as dicas do seu instrutor. Então, vamos te ajudar com algumas dicas iniciais. Algumas dicas podem parecer simples, mas acredite, elas resolvem bastante coisas, inclusive com pessoas mais experientes.

Condições da moto

Importantíssimo, verificar a situação da moto. Essa verificação é algo rápido, corriqueiro e muito esquecido. Deve-se verificar o nível do óleo, o nível do líquido de arrefecimento – caso tenha a moto seja arrefecida por líquido e as condições do pneu. Todas essas verificações devem ser realizadas de acordo com as orientações contidas no manual da motocicleta. Inclusive, lê-lo é de suma importância para conhecer a sua moto e já ter ideia de onde procurar a informação quando precisar. Por exemplo, a tabela que indica os fusíveis da moto.
Sobre os pneus, lembrar que eles não têm validade, no entanto, ele deve estar em boas condições e com sulco mínimo de 1,6 mm que pode ser verificado através do “twi”, uma “verruga” que tem nos sulcos do pneu e quando o pneu se aproxima dessa marca é porque está na hora de trocar. Ainda sobre o tempo de uso do pneu, as fabricantes costumam oferecer garantia de 5 anos e muita gente acaba identificando esse período como validade. Se tivesse validade, ela estaria impressa no pneu, assim como em qualquer produto que o tenha. Contudo, alguns fabricantes recomendam a troca depois de um certo tempo de fabricação, independente da situação visual dos pneus. Por exemplo, a Pirelli – em seu site, recomenda a troca dos pneus a cada 10 anos e orienta que seus clientes vão a uma revenda de pneus autorizadas regularmente para que os profissionais qualificados verifiquem as condições de uso do pneu (uma vez por ano ou sempre que ocorrer algum incidente que possa ocasionar danos aos pneus).
Outras verificações podem ser necessárias de acordo com as especificidades do seu veículo e, o mais importante, de acordo com o manual do proprietário.

Equipamentos de segurança

Além de ser o principal equipamento de segurança, e obrigatório para condução de motos, muita gente ainda insiste em negligenciar o uso de capacetes em boas condições e de tamanho correto. Caso vista um capacete muito apertado, com o passar do tempo ele começará a incomodar e a atenção no trânsito diminuirá, de forma a trazer maiores riscos a piloto e garupa. Se for folgado demais, o capacete pode trazer maiores riscos, pois ele pode virar e machucar mandíbula e nariz, por exemplo. Além disso, nunca esquecer de afivelar corretamente para que o capacete não fique balançando e nem saia da cabeça em caso de queda.
Outros equipamentos importantes, ainda que não obrigatórios, são: luva, bota, calça e jaqueta. A nossa reação ao cair é sempre pôr a mão na frente, por isso uma luva de bom material que seja antiabrasivo se faz importante. Por exemplo, a Revit possui modelos de aproximadamente 350 reais que são feitas de ótimo material, com protetores nas junções da mão para maior proteção em impactos e pode durar anos. Algumas outras, de tecido mais simples, podem custar em torno de 100 reais, porém, além de não protegerem da abrasão do asfalto suficientemente bem, há casos em que elas rasgam com o próprio uso. Portanto, acaba saindo mais caro, em longo prazo, além de não proteger adequadamente se houver uma queda.
Jaqueta e calça de materiais de cordura, por exemplo, já são muito boas para o dia a dia, oferecendo ótima resistência à abrasão. Além disso, modelos de jaqueta que contam com protetores em cotovelos, ombros e coluna são ainda melhores. Assim como calças com proteções nas laterais da coxa e joelhos. Afinal, o máximo de proteção possível é sempre a melhor opção. Há bons conjuntos para o dia a dia com valores abaixo de 1000 reais de marcas nacionais confiáveis.
Já as botas, costumam ter algum sistema anti torção, além de proteção para impacto e abrasão. Algumas podem ter a parte da frente em material rígido, oferecendo ainda mais proteção. É possível encontrar boas botas por 300 reais até outras de valores acima de 1000 reais a depender da marca (principalmente as importadas).
Lembre-se sempre de adquirir equipamentos que vistam bem, ou podem ter efeito contrário, pois com o desconforto perde-se a concentração podendo causar acidentes e, também, pode não proteger adequadamente. Uma luva muito grande, por exemplo, pode sair da mão.

Ligando a moto

Depois de verificar as condições da moto e vestir equipamento adequado é o momento de dar a partida. Ao subir na moto deve tomar cuidado com o escapamento, principalmente no caso do garupa. As motos atuais não possuem mais o pedal de partida, agora é apenas um botão no punho direito. Então, vira-se a chave e depois de um ou dois segundos que é o tempo da eletrônica da moto fazer a leitura – os indicadores no painel se acendem e se apagam em seguida indicando que está sem problemas – você aperta o botão de partida e nada acontece. Nesse caso, temos algumas soluções que devem resolver a maioria das vezes: o interruptor de corrente pode estar na posição desligada, a moto tem sensor no descanso lateral (conhecido por “pezinho” da moto) e este está baixado ou a moto está engatada.
Então, se o problema é o interruptor de corrente, também localizado no punho direito, é só apertar para mudar a posição. Se for o segundo caso, deve-se recolher o descanso para que o sensor permita ligar a moto. Caso esteja engatada, basta mudar para o neutro. Um quarto caso, para motos mais novas ou importadas, é que elas costumam ter um sensor na embreagem, só permitem a partida do motor com a embreagem acionada. Este caso não costuma ser a razão da não partida do motor porque acaba sendo automático apertar a embreagem depois de um tempo. Novamente, para saber se é preciso estar com a embreagem acionada para dar partida, consulte o manual da moto.

Pilotando

É comum a reclamação de dores nos ombros e costas, além de posição inadequada tem o fato de algumas pessoas ficarem muito tensas na moto. Por isso, posição ereta, segurar o guidão e relaxar é a dica. Para perceber se está muito tenso, veja que os cotovelos ficam apontando para fora e essa posição acaba gerando maior tensão no piloto. Ao relaxar, perceberá que o cotovelo ficará mais para baixo, como deve ser. A maior força de segurar é nas pernas. Elas devem estar bem encaixadas no tanque da moto e serão responsáveis por manter o piloto adequadamente firme na moto. A posição dos pés também é um erro comum. O ideal é que fique com a parte da frente do pé apoiado, além de evitar ficar com o pé no pedal de freio ou de troca de marchas, evita que raspe o pé no chão em alguma curva, o que pode provocar uma torção inclusive. Mas, se estiver com o pé na posição adequada, nunca acontecerá de raspar o pé no asfalto.
Para arrancar com a moto, é necessário engatar a primeira marcha que engata apertando o pedal de seleção de marcha para baixo, depois são todas para cima. Portanto, para baixo da posição neutro engata-se a primeira marcha e acima da posição neutro, engata-se as outras marchas (segunda em diante). Já para fazer curvas, depende da velocidade. Em velocidades baixas, até 30 ou 40 km/h, basta virar o guidão, mas para velocidades maiores é necessário inclinar a moto e para isso faz-se o contra-esterço. Apesar de fazer sem perceber, para inclinar a moto usamos o contra-esterço, ou seja, ao empurrar o guidão para esquerda, a moto inclina para direita e vice-versa. Além disso, a posição do corpo ajuda muito na inclinação da moto. Via de regra, basta inclinar junto da moto (pilotagem pirulito) e você conseguirá fazer a curva com segurança. Lembre sempre de manter as pernas bem firmes no tanque da moto, inclusive por conta disso, existem alguns acessórios que se põem exatamente na posição que as pernas encostam no tanque para proteger a pintura e ajudar as pernas não escorregarem.

Com essas dicas você já consegue andar seus primeiros quilômetros em segurança, sempre tomando os devidos cuidados. Ainda assim as quedas podem ocorrer e, além de estar equipado com as vestimentas de segurança, é interessante ter sua motocicleta segurada para esses imprevistos. A Energy Broker oferece soluções para você não ter problemas. Além de ser corretora oficial Kawasaki, dispõe de seguros que atendem de coberturas básicas – como incêndio, roubo e colisão – ao Seguro Carta Verde, necessário em viagens pelos países do Mercosul.

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