Capacetes

O capacete é o principal equipamento de proteção para o motociclista. O uso dele é obrigatório em todo o Brasil, para a condução de motocicletas, motonetas (scooters) e ciclomototes.

A função do capacete é, basicamente, proteger a cabeça de impactos em um eventual acidente. Mas um capacete pode ter algumas outras funções, como vou apresentar mais adiante.

Os tipos existentes de capacete para motos são:

  • Coquinho – Cobre a parte superior da cabeça com material rígido, a parte posterior com material flexível e a parte do queixo fica exposta.
  • Peruzinho – Cobre a parte superior e posterior da cabeça com material rígido, e a parte do queixo fica exposta.
  • Full Face – Cobre toda a cabeça, inclusive o queixo. Tem uma viseira transparente articulada que permite abrir e fechar.
  • Escamoteável – Cobre toda a cabeça, mas a articulação da viseira também permite articular a parte do queixo, fazendo com que ele abra para cima e fique exposto como no Peruzinho.

Todo capacete que será usado para a condução de moto, deve ser aprovado pelo INMETRO. O INMETRO submete os capacetes a testes de impacto em determinadas regiões, e ele é a garantia de que o capacete será eficiente em condições normais de uso.

Porém, o INMETRO faz um teste muito simples e pouco criterioso, o que resulta em capacetes que são eficientes para impactos comuns, de até 80 km/h. Além disso, ele não leva em consideração condições mínimas de conforto ao usuário, como peso e tamanho, nem condições de aerodinâmica, o que faz com que praticamente qualquer capacete seja aprovado e possa ser vendido no mercado.

O motociclista deve estar atento a estes detalhes, pois é ele quem vai pilotar e para ele a qualidade do capacete é fundamental. O primeiro passo é definir o tipo de capacete que irá comprar. Os capacetes Coquinho e Peruzinho obviamente não oferecem a mesma proteção dos capacetes fechados, porém costumam ser leves e confortáveis em baixa velocidade (transito urbano por exemplo). Mas eles são muito desconfortáveis em altas velocidades (acima de 70 km/h). Todo capacete aberto que não é dotado de viseira deve ser usado com óculos de proteção. Para a lei, usar o capacete sem os óculos e não usar capacete tem o mesmo efeito.

Para viagens ou passeios fora do bairro, esqueça estes capacetes, prefira os capacetes fechados. Eles têm boa proteção contra impactos, e não obriga o motociclista a usar óculos de proteção.

Quando se compra o capacete, deve-se ter em mente a moto onde ele será usado. E não apenas nas cores e grafismos, mas também no tipo de pilotagem e na velocidade. Motos mais rápidas exigem que o capacete tenha um formato mais aerodinâmico, para permitir ao piloto mais conforto na condução. Além disso, a viseira deve ser de material reforçado, pois é comum que insetos grandes como besouros ou pedrinhas na estrada atinjam o capacete, e as viseiras mais simples são agüentam estes impactos em alta velocidade. As melhores viseiras são de acrílico e tem 3 ou 4 mm de espessura, enquanto as viseiras mais simples não chegam a 1 mm de espessura. A diferença de preço é muito grande, mas o investimento compensa, além disso, uma viseira ruim deve ser trocada com uma freqüência muito maior do que uma boa viseira, que tem tratamento anti-riscos.

Outro ponto importante a se observar é o peso do capacete. Os melhores capacetes têm o peso em torno de 1400 gramas. Capacetes que pesam 1800 gramas já são considerados pesados, e portanto, sacrificam muito o conforto do piloto em uma pilotagem mais longa.

Outra dica importante é observar o tipo de fecho do capacete. Existem basicamente 2: Os de engate rápido e os tradicionais, que usam duas argolas de metal. Os de engate rápido são muito práticos pois eles permitem que o piloto abra e feche seu capacete usando luvas, coisa que exige um certo treino em um capacete tradicional, porém, para uso em competições, o fecho tradicional é preferível, pois em caso de acidente, se o sistema do engate rápido travar, a equipe médica terá um grande problema para cortar o fecho.

Por último, deve-se observar o acabamento do capacete, as borrachas de vedação, as entradas de ar, os grafismos. Tudo isso conta para a experiência de uso do capacete.
Um bom capacete é um bom investimento, afinal, ele é o maior responsável por proteger a sua vida sobre duas rodas.

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