Projeto Explore – Passeio para Extrema/MG
Neste último Domingo, dia 18 de Setembro de 2011, eu (não)organizei um passeio para a cidade de Extrema, em Minas Gerais, para tentar obter a foto para o Projeto Explore, mas as coisas não saíram exatamente como esperado.
Eu coloquei, cerca de 2 semanas antes, um post convidando aos leitores do Blog a ir para o passeio, e a adesão foi grande – Pelas minhas contas, umas 25 pessoas diferentes confirmaram presença. Somando os amigos dessas pessoas que não frequentam o blog, e os meus próprios amigos, que eu convidei pessoalmente, mais as desistências de última hora, esperava que o número de motos fosse entre 20 e 30, então eu fiquei bem preocupado.
O primeiro ponto de encontro foi em São Paulo, já quase na entrada para a Rodovia Pres. Dutra, que dá acesso a Rodovia Fernão Dias, que por sua vez é a que nos levaria até Extrema. No primeiro ponto de encontro já se juntaram 22 motos. Ficamos lá até as 9h20, conversando um pouco e nos conhecendo. Havia gente que veio do litoral, de Carapicuíba, e de todos os cantos da cidade. E algumas pessoas também que não frequentam o blog mas que foram a convite de algum leitor.
As 9h20 saímos em direção ao 2º ponto de encontro, no Posto Frango Assado do Km 44 da Fernão Dias, em Atibaia, apenas 60km distante do ponto de encontro inicial. Lá encontramos com mais 5 motos, mas duas motos do nosso comboio resolveram seguir viagem sem parar, e foram embora. No fim das contas, estávamos em 25 motos.
Ficamos lá por um tempo, para tomar café e tirar fotos, além de conversar mais. Um dos nossos companheiros percebeu que a porca do eixo de sua Fazer 250 simplesmente havia sumido! Então ele e um outro amigo foram até Atibaia para tentar encontrar outra porca para colocar no lugar. Felizmente conseguiram resolver o problema sem maiores consequências, e com muita rapidez!
Já eu, perdi a chave da minha moto. Foi uma grande correria para procurar a chave. Mas felizmente ela estava dentro do restaurante e então conseguimos seguir viagem. Saímos de lá as 11h20.
A viagem até Extrema foi bem rápida. Por volta das 12h00 já estávamos na cidade, e então começamos a procurar pelo local da foto. Até que encontramos com o Leandro. Ele tem uma moto 150cc, mas queria participar do passeio, então ele se antecipou e chegou na cidade antes de todo mundo, e já começou a se informar sobre como seria possível chegar ao local da foto. Quando chegamos, ele já sabia de tudo, e nos economizou um grande trabalho.
Ele nos levou até o pé do morro que nos levaria ao local, mas lá, ele me explicou que o trajeto não seria tão simples. Seria necessário subir o morro de moto. A subida tem por volta de 7 km, e é composta basicamente por pedras soltas, terra e paralelepípedos. Ambiente pouco propício para a maioria das motos que estavam lá.
No topo deste morro, há uma pousada com restaurante, e o início de uma trilha que teria de ser percorrida a pé para chegar a pedra do Cume. O tempo estimado para fazer a trilha é de 1h20. Como já passava do meio-dia, eu imaginei que o pessoal não iria topar fazer a trilha, mas de qualquer forma, seria bom subir para ver como é lá em cima, almoçar e conversar mais. Então eu conversei com todas as pessoas e expliquei a situação. Todos toparam tentar subir o morro, e então iniciamos a subida.
Apenas 4 motos desistiram e acabaram voltando. Todas as outras 22 motos chegaram ao topo sem problemas. A trilha era difícil mesmo, e apesar da maioria das motos não ser off-road (GSX-650F, Comet GTR 250, Twister, Fazer 250, FZ6N, Titan 150 e CB300R) todos conseguiram subir, e valeu a pena ter subido lá. A paisagem é muito legal, e o sentimento de ter superado a subida foi muito gratificante.
Depois de terminada a subida, entrei em contato com o pessoal que havia ficado lá em baixo para ver se queriam subir. Eu entendi que sim, então recrutei 5 amigos para descer e buscar os que haviam ficado lá em baixo, mas quando chegamos já não havia mais ninguém. Subimos novamente, e neste tempo, o pessoal que havia ficado no topo do morro foi até a pousada, para constatar que ali não seria o lugar do nosso almoço, pois o restaurante não tinha comida. Ela teria que ser preparada no estado em que estávamos, precisávamos de algo mais urgente.
Então descemos todos, e fomos em busca de um restaurante para almoçar. Como já eram quase 15h00, estava um pouco difícil encontrar um restaurante. Decidimos ir a um que fica no Parque Cachoeira do Salto, que é o mesmo restaurante que inicialmente planejamos ir. Quando chegamos lá, já não havia mais comida, mas o dono do estabelecimento acabou nos convencendo a ficar e providenciou mais comida em tempo recorde. No fim das contas, deu tudo certo.
Algumas pessoas ainda ficaram por lá para conhecer o restante do Parque Cachoeira do Salto, mas outras (inclusive eu) resolveram voltar. Então iniciamos nossa viagem de retorno a São Paulo. Pegamos trânsito na Rodovia Fernão Dias devido a um acidente com um caminhão no sentido oposto, mas conseguimos chegar em São Paulo antes de a noite cair.
No fim das contas, o passeio foi legal, pois conhecemos muita gente bacana e vivemos uma aventura “de verdade” ao encarar aquela trilha para subir o morro. Fiquei muito feliz de não ter acontecido nenhum incidente. Ninguém se arriscou, todos pilotaram excepcionalmente bem, e tudo deu certo, mas confesso que também fiquei muito preocupado por não ter organizado o passeio como era necessário, e chateado com os desencontros. Mas pelo menos ganhamos experiência e já sabemos mais sobre passeios com grupos grandes. Foi só uma pena não ter conseguido a foto do desafio.
Queria deixar um agradecimento especial ao Leandro Messias, que foi um exemplo de humildade e companheirismo lá em Extrema. Foi pró-ativo, procurando por todas as informações e servindo com um verdadeiro guia para todos. Também quero agradecer ao Rodrigo (GSX-650F), o Paulo Henrique “PH” (Comet 250), o Valdir (V-Strom 650), Diogo (XRE300) e o Raphael Gregório (CB300R). Todos eles aceitaram descer a trilha novamente apenas para buscar o pessoal que ficou para trás, e estão de parabéns pela garra e companheirismo.
Certamente tentaremos novamente obter esta foto, mas na próxima, provavelmente será com um grupo bem menor, mais fácil de lidar, e com mais tempo para fazer as trilhas e encarar os desafios que essa foto vai demandar.