Viagem de Suzuki Yes 125 (e YBR!)
Hoje vim para contar como foi a primeira grande viagem com a Yes 125, de São Paulo/SP para Jaraguá do Sul/SC.
A nossa Yeszinha, que carinhosamente apelidamos de “Severino quebra-galho”, já está com 35 mil km, e até agora não deu nenhum problema, com uso totalmente urbano, e apenas uma viagem curta no histórico. Os preparativos para a viagem foram os mais básicos de todos: Troca de óleo, filtro, calibrar pneus e só. Viajamos eu, a Luana, e o bauleto de 45 litros ocupado apenas até a metade com roupas.
A viagem, pelo menos para mim, foi tranqüila. Não me cansei como achei que iria me cansar. Quem se cansou muito foi a Luana, que logo anunciou que não voltaria pra casa de moto, e queria voltar de ônibus.
Saímos na quarta-feira as 17h00. O trajeto de 550 km foi vencido em 7h30 no total, sendo que paramos 5 vezes, sendo a última para dormir, e na manhã da quinta-feira, paramos só mais uma vez para tomar café. Eu só parei tanto assim para a Luana descansar, pois eu estava bem. Aparentemente, a posição do garupa não é tão boa quanto a do piloto.
A Yes fez média de 28 km/l na viagem, e mantínhamos a média de 100 km/h no painel, com raros picos de 110 km/h.
A moto, de um modo geral, viajou muito bem. Como minha expectativa era baixa, ela acabou me surpreendendo por ter sido razoavelmente confortável (pelo menos para mim), e por ter mantido uma boa velocidade de cruzeiro. Ao chegar, a moto estava 100%. Nenhum barulhinho novo, o óleo não baixou nada… Estava tudo certo!
Eis que no Sábado, resolvi passear com o meu cunhado (ele de YBR), e visitar alguns lugares da cidade. Decidimos subir o Morro das Antenas, pois de lá podemos ver toda a cidade e a cidade vizinha, e é um lugar onde o pessoal costuma saltar de asa-delta e parapente. A trilha para subir este morro é difícil, situação que havia se agravado por conta da chuva do dia anterior. Mas ainda assim resolvemos encarar o desafio, pois eu estava muito confiante de que a Yeszinha encaria tudo. E de fato encarou… Subimos a montanha com alguma dificuldade, derrapando muito, mas subimos. Mas algo me dizia que iria ser muito difícil descer.
Dito e feito… na descida, acabei escorregando em um buraco e caí com a moto. Eu sofri apenas alguns arranhões, e na moto, aparentemente, nada de mais grave tinha acontecido… Entortou pedal do freio e quebrou a lente do farol. O pior é que meu cunhado estava gravando!
Veja abaixo o vídeo:
Ok, sei que o tombo foi besta. Pega leve nos comentários! Hehehe
Depois de colocar a moto em pé de novo, desentortei o pedal do freio, liguei a moto e fomos para um lava-rápido. Deixei a moto lá para lavar e fui embora na garupa do meu cunhado. Depois de umas 2 horas, voltamos lá para buscar a moto e fomos pra casa. Até então, tudo normal. Porém mais tarde, fui tentar ir ao mercado com a moto, e depois de uns 200 metros de casa, a moto simplesmente morreu, e não queria funcionar por nada. Tentei diagnosticar o problema lá na hora, testando faísca, gasolina, filtro de ar, fusível, mas nada… A moto funcionava por alguns segundos em marcha-lenta, e depois morria. Se eu acelerasse, ela morria.
Rebocamos a moto para casa e tentamos ver com mais cuidado o problema. E o que pudemos constatar é que é alguma coisa com o afogador da moto, pois quando retiramos o cabo do afogador do carburador e fechamos o buraco com o dedo a moto funciona bem, mas ao soltar, ela morre. Pensei em deixar fechado o buraco com algum outro parafuso, mas a moto não ficava ligada em marcha lenta nesta situação. Como já era tarde, não haveria uma oficina para consertar a moto, então acabei deixando a moto lá e voltei pra São Paulo com a YBR dele.
Eu achei estranho a moto ter dado esse problema, pois depois que eu caí, eu liguei ela normalmente, andei uns 2 km até o lava-rápido, e depois de 2 horas, liguei ela de novo e andei mais uns 4 km até a casa. Nada parecia estar errado com ela. Nem sei se esse problema foi causado pelo tombo.
Essa semana ele vai levar a moto na Suzuki para ver o que aconteceu e arrumar, mas por enquanto vou ficar andando com a YBR dele.
A viagem de volta com a YBR foi bem tranqüila também. Parei uma única vez, para abastecer e almoçar. Fiz os 550 km em 6h20, com chuva forte o tempo todo. Viagem cansativa, mas valeu a pena ter ido rápido, pois cheguei cedo em casa e pude descansar bastante.
É isso! Valeu a pena a experiência, mas acho que não vou mais repetir o feito não. Apesar de a viagem ter sido melhor do que eu esperava, está longe de ser uma viagem agradável como era com as motos maiores. A falta de potência prejudica muito o conforto. A pilotagem é tensa e todo cuidado é pouco. Vou tentar comprar uma moto maior agora em 2010 para poder voltar a viajar com tranqüilidade.